10 de jul. de 2009
_ Circuito Elétrico _
_ Capacitor _
Os capacitores mais comuns são chamados de capacitores planos e possuem a seguinte simbologia:
Os formatos típicos consistem em dois eletrodos ou placas que armazenam cargas opostas. Estas duas placas são condutoras e são separadas por um isolante ou por um dielétrico. A carga é armazenada na superfície das placas, no limite com o dielétrico. Devido ao fato de cada placa armazenar cargas iguais, porém opostas, a carga total no dispositivo é sempre zero
Tipos de Capacitores:
_ Capacitores - Funcionamento _
_ Capacitor de plástico _
_ Capacitor de Vidro _
_ Capacitor de Mica _
_ Capacitor Eletrolítico _
_ Capacitor de Papel _
_ Associação de condensadores (capacitores) _
_ A) Associação em paralelo _
A associação em paralelo fornece uma capacidade igual à soma das capacidades. Mas devemos observar que, em todos os condensadores existe a mesma diferença de potencial que existe na associação, isto é V1 – V2.
Caso particular:
9 de jul. de 2009
_ B) Associação em série _
Figura 106
Seja: as capacidades dos condensadores.
V = potencial da armadura indutora do primeiro condensador.
V1 = potencial da armadura induzida do primeiro condensador.
A armadura indutora do segundo estando ligada à armadura induzida do primeiro, possuirá o mesmo potencial V1.
Do mesmo modo, , potencial da armadura induzida do segundo, é igual ao potencial da armadura indutora do terceiro, e assim por diante.
Comunicando-se uma carga Q à armadura indutora do primeiro condensador, ela desenvolverá por indução, uma carga Q+ e uma carga -Q na armadura induzida. Mas, a armadura induzida está ligada a pontos de potencial mais baixo por intermédio dos outros condensadores. Portanto a carga +Q desenvolvida por indução se escoa. Essa carga +Q, saindo da armadura induzida do primeiro condensador penetra na armadura indutora do segundo condensador. Logo, o segundo condensador é carregado com a mesma carga +Q com que se carregou o primeiro.
Pelo mesmo motivo, todos os condensadores vão sendo carregados com a carga +Q que se escapa do condensador anterior.No último condensador a carga +Q escoa para o circuito externo.
Portanto:
para o 1o condensador: Q= C1(V-V1) de onde: V-V1 = Q/C1
para o 2° condesador: Q = C2(V1-V2) de onde: V1-V2 = Q/C2
para o n° de condensador: Q = Cn(Vn-1- Vn) de onde:V n-1-Vn = Q/Cn
as igualdades membro a membro,
V-Vn=Q/C1 + Q/C2 + ...+ Q/Cn
Pondo Q em evidência:
V-Vn = Q(1/C1 + 1/C2 + ...+ 1/Cn
Imaginemos um condensador equivalente à associação, isto é, um condensador que carregado com a mesma carga Q, tenha entre as armaduras a diferença de potencial igual à diferença de potencial entre os extremos da associação, V-Vn. Esse condensador teria uma capacidade C, tal que: V-Vn = Q/C
Comparando os dois valores de V-Vn, temos:Q/C = (Q(1/C1 + 1/C2 + ...+ 1/Cn) ou
Conclusão:
O inverso da capacidade da associação é igual a [ soma dos inversos das capacidades dos condensadores. Tomando I os inversos dos dois membros temos :
A capacidade da associação é igual ao inverso da soma dos inversos das capacidades dos condensadores.
Caso particular:
Os condensadores tem a mesma capacidade c. A capacidade de associação será:
(n° de parcelas)
Logo:
Na associação em série a capacidade diminui, mas em compensação a diferença de potencial não é suportada totalmente por um único condensador; ela fica distribuída por todos eles.
_ C) Associação mista _
Na associação em paralelo, todos os condensadores trabalham com a mesma diferença de potencial, mas, por outro lado, a capacidade da associação é igual à soma das capacidades dos condensadores.
Quando se deve trabalhar com diferença de potencial elevada e com capacidade elevada, usa-se uma associação mista.
Há dois casos de associação mista.
1o Caso
Associamos os condensadores em diversas séries.
Cada série funciona com um condensador único cuja armadura indutora é a armadura indutora do primeiro e cuja armadura induzida é a armadura induzida do último (fig. 107). As séries são reunidas em paralelo, ligando-se as armaduras indutoras dos primeiros entre si, e as armaduras induzidas dos últimos também entre si.Figura 107
2o Caso
Associamos em paralelo os condensadores e, as associações em paralelo são associadas em série (fig. 108).
Figura 108
Cálculo da capacidade da associação mista
Nesse cálculo há dois casos:
1o) Os condensadores são diferentes – Não há vantagem em se deduzir uma fórmula, porque seria muito extensa. O cálculo é feito por partes, considerando-se as associções parciais.
2o) Os condensadores são iguais e as associações parciais tem igual número de condensadores.
Suponhamos que as associações parciais sejam em série e cada uma tenha s condensadores. A capacidade de cada uma será (fig. 107):
Suponhamos que existam p séries ligadas em paralelo. O conjunto terá uma capacidade.
Logo: Sendo V a diferença de potencial aplicada à associação, e v a diferença de potencial aplicada à cada condensador, temos:
As duas fórmulas, acima, resolvem então os problemas relativos a esta associação.
Deixamos a cargo do leitor demonstrar que no caso da figura anterior também valem as duas últimas fórmulas considerando-se p como o número de condensadores de cada associação em paralelo e s o número de associações em série.
_ Potencial de um ponto de campo eletrostático: _
Quando um condutor está eletrizado, cada ponto da superfície do condutor está colocado no campo elétrico formado pela carga elétrica existente no restante do condutor; então cada ponto de superfície de um condutor tem potencial.
Suponhamos um condutor eletrizado estaticamente, isto é, a carga elétrica em equilíbrio. Nesse caso, todos os pontos da superfície estão com o mesmo potencial.
Porque, se houvesse dois pontos com diferença de potencial, haveria deslocamento de carga entre eles, e a carga não estaria em equilíbrio.
A superfície de um condutor é então equipotencial. Por definição chamamos potencial do condutor a esse potencial comum dos pontos da superfície do condutor.
Fisicamente o que se passa é o seguinte: quando carregamos um condutor de forma qualquer, como por exemplo, o da figura ao lado, a carga elétrica se distribui com densidade elétrica diferente de região para região, de -acordo com a curvatura, de maneira tal que todos os pontosda superfície fiquem com o mesmo potencial.
_ Potencial zero _
_ Linha de força _
_ Exemplo - Potencial de uma esfera _
_ Diferença de potencial entre dois condutores _
É importante lembrar sempre que essa diferença de potencial significa o trabalho necessário para deslocar a unidade de carga da superfície do primeiro até a superfície do segundo.
_ Variação do potencial de um condutor _
Suponhamos que um condutor A carregado com carga Q atinja o potencial V. Se aproximarmos dele um outro corpo eletrizado, por exemplo, positivamente, em A aparecerão, por indução, cargas elétricas positivas ( ) e negativas ( ). As cargas induzidas tem sinais opostos, mas, tem mesmo valor absoluto. Então, a carga total de A não muda: continua a ser o mesmo Q, pois . Mas, a carga aumentou a densidade elétrica da região em que apareceu, e a carga diminuiu a densidade elétrica da região em que apareceu. Portanto, apesar de a carga total de A não ter mudado, a distribuição da carga mudou.
O potencial de um condutor muda com a aproximação de outro corpo eletrizado. Por isso, todas as vezes que nos interessa o comportamento de um condutor determinado, devemos considerá-lo isolado de qualquer outro condutor.
_ CIRCUITOS RLC _
_ CIRCUITOS LC _
_ Curvas de CARGA e de DESCARGA do capacitor _
_ Equações para a carga _
VC = V. ( 1 -- e--(t / RC) )
t => tempo transcorrido após ligar a chave
VC => tensão no capacitor após um tempo t
V => tensão da fonte
e => base do logaritmo neperiano (2,7182818...)
RC => produto RC
___Referências:___
Portas Lógicas-Fund.básicos de eletrônica e eletricidade (Ivair José de Souza);
Física Conceitual (Paul Hewitt);
Centro de Ens. e Pesq. Aplic. (Eletricidade e magnetismo básico-Física Moderna);
Feira de Ciências (Prof. Luiz Ferraz Netto) e
Física Ciência e Tecnologia (Paulo Cesar M. Penteado & Carlos Magno A. Torres).